VOX D SIDADANIA
terça-feira, 10 de junho de 2025
quinta-feira, 22 de maio de 2025
domingo, 23 de março de 2025
quarta-feira, 8 de janeiro de 2025
CAMINHO DO TEMPO
CAMINHOS DO TEMPO
(Crônica criada e escrita por José Luiz Ricchetti)
Há um silêncio que chega com os anos, e ele não é feito apenas da ausênci⁸9⁹a de ruídos, mas da transição suave entre o que éramos e o que nos tornamos. Aos 60, você começa a sentir a sutileza do distanciamento. A sala que antes pulsava com suas ideias agora parece cheia de vozes que não pedem mais sua opinião. Não é uma rejeição, é o ritmo da vida. É quando aprendemos que nossa contribuição não está no presente imediato, mas nos rastros que deixamos nos corações e mentes ao longo do caminho.
Aos 65, você percebe que o mundo corporativo, outrora tão vital, é um fluxo incessante. Ele segue, indiferente ao que você fez ou deixou de fazer. Não é uma derrota, é a libertação. Esse é o momento de olhar para si mesmo, despir-se do ego e vestir a serenidade. Não se trata mais de provar, mas de ensinar, de compartilhar, de ser mentor. A verdadeira realização não é a que se exibe, mas a que inspira.
Aos 70, a sociedade parece lhe esquecer, mas será mesmo? Talvez seja apenas um convite para reavaliar o que realmente importa. Os jovens não o reconhecerão pelo que você foi, e isso é uma bênção disfarçada: você pode agora ser apenas quem você é. Sem máscaras, sem títulos, apenas a essência. Os velhos amigos, aqueles que não perguntam “quem você era”, mas “como você está”, tornam-se joias preciosas, diamantes que brilham no crepúsculo da vida.
E então, aos 80 ou 90, é a família que, na sua correria, se afasta um pouco mais. Mas é aí que a sabedoria nos abraça com força. Entendemos que amor não é posse; é liberdade. Seus filhos, seus netos, seguem suas vidas, como você seguiu a sua. A distância física não diminui o afeto, mas ensina que o amor verdadeiro é generoso, não exigente.
Quando a Terra finalmente chamar por você, não há motivo para medo. É a última dança de um ciclo natural, o encerramento de um capítulo escrito com suor, lágrimas, risos e memórias. Mas o que fica, o que realmente nunca será eliminado, são as marcas que deixamos nas almas que tocamos.
Portanto, enquanto há fôlego, energia, enquanto o coração bate firme, viva intensamente. Abrace os encontros, ria alto, desfrute os prazeres simples e complexos da vida. Cultive suas amizades como quem cuida de um jardim. Porque, no final, o que resta não são as conquistas, nem os títulos, nem os aplausos. O que resta são os laços, os momentos partilhados, a luz que espalhamos.
Seja luz, seja presença, e você será eterno.
Dedico a todos que entendem que o tempo não apaga, mas apenas transforma.
José Luiz Ricchetti - 11/12/24
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
RUA DE KABOK
RUA DE KABOK BERS D´JEGADOR
Nuia
Simão *
Toba*
Luizinhe
Xana
Tone*
Lima Minda
Dadetxe
Arnaldo
Damanoia
Finha
Makore
Lutxa
Txunkinhe* ( Dez.24 )
Lanja
Lera*
Kubisa*
Alxane
Migel Ka Tatoia
Xikinhe Xukala
Suter Xukala
Kodja Nha Antonia Mateus
Antoninhe
Nadoza
Nhela Tatoia
Abel Pantxola
Lalu
Toke Tibranka
Alfred Igidia
Celso Igidia
Xene
Rau
Xone Tatoia
Rui Ulinda
Kakoi* (191224)
Vite Titita*
Milton Pantxola
Djidjuka
Bonga
Tanas
Kars Babela*
Majinhe
Fidjinhe
Tine Ká Má Bel - Treinador
Kakit Costa - Treinador Kanpiãu
Massamá Barcarena. 27/09/23 ( Djidjung)
quarta-feira, 27 de novembro de 2024
ABEL SILVA
O marítimo aposentado Abel Silva Santos, de 71 anos, mais conhecido por “Barba” é natural da Boa Vista e partilhou um pouco da sua história no mar…
Em 1967, mais precisamente, no dia 12 de setembro, com apenas 16 anos, Barba embarcava na sua primeira viagem de Boa Vista para Santo Antão no barco à vela como o nome de “Maria Tereza”, com a duração de 5 dias, e que ficou sendo o marco na sua carreira como marítimo.
Descreve a sua primeira viagem como sendo tranquila, não obstante os enjoos a bordo, que culminaram em vómito à chegada ao porto de destino. Foi a primeira e derradeira vez que tal lhe ocorreu durante toda a sua vida no mar.
Filho de pai pescador, desde muito cedo, tinha o hábito de ir à pesca, com o pai, num bote.
Começou como moço de câmara, tendo, após dois anos, passado a “Fervedor”, designação dada, na altura, ao marítimo que iniciava as lides de cozinheiro, e isto porque o milho fervido era o principal ingrediente à mesa da tripulação dos navios cabo-verdianos.
Contava diariamente com vinte escudos para a compra dos frescos para as refeições a bordo. Ocupava-se das refeições do Contramestre e do Capitão, bem como da limpeza da área de descanso dos mesmos, camarotes.
Conta ainda, que no início de sua carreira passou por várias dificuldades, não tinha calças compridas nem sapatos, e durante muito tempo ficou exposto ao frio e ao mau tempo. Outrossim, afirmou que sempre teve a ajuda dos demais colegas, porque ele era o mais novo e por vezes algum colega descalçava os sapatos para que ele os pudesse calçar.
Sr. Abel, ou simplesmente “Barba” conta que somente após dois anos de trabalho é que começou a receber 550$00, quando passou a desempenhar as funções de Fervedor.
Mais tarde, em 1974, e após uma interrupção de 3 anos, para “ir à tropa”, voltaria ao “seu” mar até 2015, altura em que se aposentou como mestre costeiro.
O Barba visitou uma infinidade de países, tais sejam os Estados Unidos da América, boa parte dos países da Europa do Norte, e toda a costa Oeste do continente africano, desde Marrocos até São Tomé e Príncipe.
Enquanto marítimo que vivenciou a experiência de embarcar em navios à vela e à propulsão a motor, considera serem vivências totalmente diferentes.
História marcante do navegador
Barba conta que numa viagem a um país do norte de África, juntamente com um colega, desceram à terra para um passeio à noite, quando foram abordados pela polícia, que os questionou sobre quem eram e o que ali faziam. Após terem respondido às perguntas, foram de imediato colocados na viatura da polícia sob a ameaça de somente serem libertados se entregassem uma quantia em dinheiro. Foram libertos horas depois. Jurou nunca mais pisar o solo desse país.
Em jeito de remate, deixa um conselho aos mais jovens: honrem a profissão que escolheram, façam o vosso trabalho, com diligência e zelo, e façam de tudo para garantir os vossos direitos à previdência social, à assistência médica e medicamentosa para que possam na velhice colher as sementes plantadas durante esse longo e sacrificado caminho pelo MAR!
sábado, 7 de setembro de 2024
VIDA PASSEAR
Quem pensa como a minha sobrinha Mara que minha vida é passear ta enganada só se for tio Beto Além de cuidar da minha saúde física e mental ( natação e caminhada ) trabalho nos afazeres domésticos lavar discos ( louças ) secar roupas cuidar de EMIFUR pombas e plantas e teclar no celular e no computador escrevendo "poemas" e crónicas nas duas línguas crioulas ( materna e portuguesa ) para minha satisfação pessoal sem pretensão de ser conotado pastor compositor ( reconhecido)
Na medida do possível vou tirando proveito da Internet para adquirir mais conhecimentos e informar sobre o mundo
E agora com a reparação da lanterna ( vista ) vou desenterrar os livros e fazer uma passeata com mais regularidade
Algum tempo celular único que meio de descobertas e entretenimento enviando e recebendo mensagens e fofocando com amigos irreais Loucura da era internauta
ANO DO CENTENÁRIO DE AMILCAR CABRAL to lendo AMILCAR CABRAL
E O FIM DO IMPÉRIO - ANTÓNIO DUARTE SILVA
E hoje fui empurrado da cama pra registar mais esta do aspirante
MINHA NAÇÃO
NÃO FALTA CIFRÕES
PRECISA D'UMA MÃO
TAMANHO DO MUNDO
FORÇA DO FURACÃO
PRA LIVRAR DOS TUBARÕES
DO MAR DOURADO
FAMINTOS SEM CORAÇÕES
CM, 070924
Uma foto minha publicada vale mais ( CLIK) que essas palavras
Acredita nesta hora sendo perturbado o meu sossego com barulho dum motociclo
CM. 070924 - ANO DO CENTENÁRIO DE AMILCAR CABRAL
http://olisanto3-natelisa.blogspot.com/